1 de agosto de 2010

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Hoje é mais um dia daqueles, sabe?
Daqueles dias em que planejo não voltar.
Daqueles dias em que quero ir e não olhar para trás.

Hoje é mais um dia daqueles sabe?
Em que sai de casa e acabei voltando.
Mas passei um bom tempo fora
E não atendi o celular.
Não queria ser achada.

Eu vivo em um ambiente
Em que pessoas me fazem acreditar
Que sou ...
Você entende?

Eu estou afastada das pessoas que mais amo.
A gente se comunica através de uma janela
Conhecida como monitor e ficamos apertando teclas
Que traduz em palavras e enviamos até a pessoa.

E eu acho que isso é o melhor
Que esteja acontecendo.
Parece que se a gente tenta ir além deste
Nosso limite
Tudo estraga.

É como se eu não pudesse tocar.
Não pudesse falar, não pudesse ver.

Você não pode resmungar qualquer coisa que queira.
Eu não tenho culpa.
Eu permaneço em um mundo
muito limitado.

É como se fosse um vampiro.
Não posso chegar perto
Ou vou querer atacar
Porque me alimento do sangue de vocês.

Mas não se preocupe.
Pode ser só mais uma crise daquelas.
Ou finalmente tenha conseguido
tomar coragem e ido para onde quero ir.

É uma merda.
Não da para entender.
Eu não quero mudar.
Mas também não quero que as coisas sejam
Tão como são.
Tem base?

Ainda bem que ninguém lê isso aqui.
Se não já teriam feito petição para me internarem.

De qualquer forma.
Vamos ver como estarei amanhã.

Cebolinha.

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