30 de novembro de 2010

Clarise L.



" Escrevo por ter nada a fazer no mundo.
Sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens.
Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado.
Não suporto mais a rotina de me ser.
E se não fosse a sempre novidade que é escrever
Eu morreria simbolicamente todos os dias.
Mas preparado estou para sair discretamente pela saída da porta dos fundos.
experimentei quase tudo, inclusive a paixão e o seu desespero.
E agora só queria ter o que tivesse sido e não fui"

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